Nos últimos anos, a holding patrimonial deixou de ser apenas uma solução inteligente para sucessão e passou a ser uma necessidade real para famílias empresárias que desejam proteger, organizar e manter seu patrimônio de forma segura e estratégica.
Com as mudanças trazidas pela Reforma Tributária (Emenda Constitucional nº 132/2023) e pela nova Lei Complementar nº 214/2025, o cenário fiscal no Brasil mudou — e quem não se adaptar pode enfrentar impactos significativos no bolso e na continuidade dos negócios.
O que é uma holding patrimonial?
De forma simples, é uma empresa criada para reunir bens e ativos de uma ou mais pessoas da mesma família. O objetivo principal é organizar o patrimônio, facilitar a sucessão (evitando o inventário) e melhorar a gestão dos ativos, especialmente imóveis.
Além disso, a holding pode oferecer vantagens tributárias e proteger os bens pessoais dos sócios de possíveis riscos jurídicos e financeiros.
O que mudou em 2025?
Este ano, diversas mudanças importantes começaram a valer — e elas afetam diretamente quem tem imóveis em nome próprio ou pretende fazer uma sucessão familiar planejada.
1. Tributação sobre aluguéis aumentou
Antes, o aluguel recebido por meio de uma holding no regime do Lucro Presumido tinha uma tributação aproximada de 11%. Agora, com a entrada em vigor do novo sistema de impostos (IBS e CBS), essa carga pode chegar a 28%, dependendo da estrutura.
Ou seja, se a estrutura não for bem planejada, o que antes era economia pode virar prejuízo.
2. O ITCMD pode ficar mais caro
Alguns estados já estão discutindo o aumento da alíquota do ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), que pode subir de 8% para até 16%. Isso encarece a transferência de bens para os herdeiros se o planejamento não for feito com antecedência.
3. Receita Federal mais atenta
A Receita Federal e os órgãos de fiscalização estão mais rigorosos com holdings familiares que não possuem organização real ou são usadas apenas para pagar menos imposto. Empresas com renda majoritariamente passiva (aluguéis, dividendos etc.) podem ser obrigadas a migrar para o regime de Lucro Real, que tem uma carga tributária maior.
Vale a pena ter uma holding em 2025?
Sim, e mais do que nunca. Mas ela precisa ser bem planejada.
Aquele modelo antigo de holding “de gaveta”, feita apenas para pagar menos imposto, sem contabilidade atualizada ou sem regras claras entre os sócios, está com os dias contados.
Por outro lado, uma holding estruturada com responsabilidade, com apoio jurídico e contábil especializado, continua sendo uma excelente estratégia para:
- Proteger o patrimônio da família;
- Evitar disputas e confusão na sucessão dos bens;
- Reduzir custos com inventário e impostos;
- Organizar a gestão de imóveis e empresas da família.
Números que mostram a tendência
- Em 2025, já foram abertas mais de 42 mil novas holdings patrimoniais até abril, um aumento de 37% em relação ao mesmo período do ano passado.
- Famílias que fazem planejamento patrimonial por meio de holding conseguem reduzir, em média, 25% dos custos com impostos e sucessão, segundo levantamento do IBPT.
O que fazer agora?
Se você é empresário ou possui patrimônio familiar relevante, este é o momento ideal para:
- Avaliar sua estrutura atual – Vale a pena manter imóveis em nome pessoal?
- Planejar a sucessão – Esperar o inventário pode custar caro e gerar conflitos.
- Formalizar regras entre os sócios da família – Isso evita desgastes futuros.
- Contar com uma consultoria especializada – Cada caso é único e exige uma estratégia sob medida.
Conclusão: agir agora é proteger o futuro
Com as mudanças de 2025, ter uma holding patrimonial bem estruturada não é apenas uma vantagem: é uma forma de proteger o legado da sua família e evitar surpresas desagradáveis com impostos e burocracia.
Se você quer entender como adaptar seu patrimônio ao novo cenário tributário, fale com a nossa equipe. Nós ajudamos você a transformar incertezas em segurança, com soluções sob medida e linguagem clara.

Adorei muito bem feito